quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Ministro da Indústria, Marcos Pereira, pede demissão

Pereira justificou que precisa reestruturar o partido, o PRB, e que vai disputar as eleições 2018

Por Fernando Nakagawa e Carla Araújo, do Estadão Conteúdo

access_time3 jan 2018, 14h46 - Publicado em 3 jan 2018, 14h04

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Marcos Pereira: Ministro entregou a carta de demissão a Temer nesta manhã, diz fonte (José Cruz/Agência Brasil)

 

Brasília – O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira (PRB), pediu demissão no início da tarde desta quarta-feira, 3. Em carta entregue ao presidente Michel Temer, Pereira afirmou estar deixando a pasta para poder se dedicar a questões pessoais e partidárias.

É a terceira baixa no ministério de Temer em um mês. No último dia 27, o deputado federal Ronaldo Nogueira (PTB) pediu demissão do cargo de ministro do Trabalho alegando querer se dedicar ao seu projeto eleitoral. No início de dezembro, Antonio Imbassahy (PSDB) se demitiu da Secretaria de Governo, um dia antes da convenção nacional tucana que referendou o governador Geraldo Alckmin na presidência do PSDB.

Marcos Pereira alegou a Temer que precisava se desincompatibilizar do governo para “trabalhar” sua campanha para deputado federal. Pela legislação, ele teria até o início de abril para se desligar do cargo de ministro.

No pedido de demissão, segundo fontes do Planalto, Pereira, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus e um dos líderes do Partido Republicano Brasileiro (PRB), reiterou apoio ao governo, mas disse que tem que reestruturar o partido nacionalmente para as eleições e será candidato a deputado federal. Por isso, não conseguirá conciliar essas ações com a gestão do ministério.

Indicações

Temer tinha previsto um encontro – que ainda não constava na agenda oficial – com o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, ainda nesta quarta-feira. A reunião, entretanto, pode acontecer na residência oficial.

Eles querem discutir sobre uma nova indicação para a vaga de ministro do Trabalho, deixada por Ronaldo Nogueira semana passada.

A seguir, confira a íntegra da carta:

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