Em discurso durante reunião da Executiva Nacional do PT, o ex-presidente disse ainda que está em curso uma tentativa de criminalização do PT
Por Talita Abrantes
access_time25 jan 2018, 13h46 - Publicado em 25 jan 2018, 13h27
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Lula: durante reunião do PT, o ex-presidente reiterou sua inocência (Leonardo Benassatto/Reuters)
São Paulo – Sob gritos de “Brasil urgente, Lula presidente”, a Executiva Nacional do Partidos dos Trabalhadores lançou nesta quinta-feira (25) a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para as eleições presidenciais de 2018. O anúncio foi feito um dia depois da condenação do petista em segunda instância.
“Se eu for candidato, não é para me inocentar, é para governar e recuperar esse país”, afirmou o ex-presidente. “Minha proteção é minha inocência”.
Lula acusou os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que mantiveram na véspera sua condenação por corrupção e lavagem de dinheiro de fazerem um “cartel” para dar uma decisão unânime e impedir os embargos infringentes, e prometeu recorrer e batalhar até o final.
Em discurso durante reunião da Executiva Nacional do PT em São Paulo, na qual o partido confirmou sua pré-candidatura à Presidência, Lula disse ainda que está em curso uma tentativa de criminalização do PT, e reiterou sua inocência.
“Não posso aceitar que um canalha qualquer nesse país me chame de ladrão”, afirmou Lula. “Sei o que eu fiz, eu tenho coragem de olhar para meus netos e filhos e olhar para a cara de vocês. O que posso oferecer a cada um de vocês é lutar”.
O ex-presidente, contudo, afirmou que espera que a candidatura do PT não dependa exclusivamente da figura dele. “Só tem sentido se vocês forem capazes de fazê-la mesmo que aconteça uma coisa indesejável”, afirmou em referência a uma eventual prisão. Nós temos uma arma poderosa que é cobrar deles todo santo dia para que apresentem uma prova do crime que eu cometi”.
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