quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Lula diz ao PT que vai a Porto Alegre para julgamento

Ex-presidente fez pedido a desembargadores para ser ouvido antes de sentença, mas ainda não foi respondido; em todo caso, deve participar de atos na cidade

Por Estadão Conteúdo

access_time3 jan 2018, 09h04

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Pedro Ladeira/Folhapress)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comunicou a dirigentes do PT que vai comparecer ao julgamento que pode torná-lo inelegível, no Tribunal Regional da 4ª Região(TRF-4), dia 24 de janeiro, em Porto Alegre(RS).

A direção do partido também prepara um grande ato de recepção ao ex-presidente no mesmo dia, no retorno a São Paulo. No dia seguinte, a Executiva Nacional do PT faz uma reunião ampliada para reafirmar a candidatura do ex-presidente, líder das pesquisas para as eleições de 2018, seja qual for o resultado do julgamento.

Oficialmente, a assessoria do Instituto Lula não confirma que o ex-presidente vá acompanhar o julgamento em Porto Alegre. Segundo o instituto, a defesa do petista solicitou ao TRF-4 que Lula seja ouvido durante o julgamento, mas o pedido ainda não foi apreciado pelos desembargadores do tribunal — a expectativa é que ele seja aceito.

A aliados, o petista afirmou que pretende ir a Porto Alegre de qualquer maneira. Ele deve chegar à capital gaúcha no dia 22 ou 23 e participar das manifestações preparadas pelo PT.

Antes do julgamento, o partido prepara uma onda de eventos que começa no dia 13 e vai até o dia seguinte ao julgamento. No dia 23, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) vai participar da abertura de uma vigília no Parque Harmonia, em frente ao TRF-4.

O ato de recepção na volta, em São Paulo, deve ser o ponto alto das mobilizações organizadas pelo partido e movimentos sociais que defendem o direito de o ex-presidente ser candidato.

Lula foi condenado, em primeira instância, a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá (SP). Se a condenação for confirmada, o ex-presidente pode ser impedido de disputar a eleição presidencial.

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